Sexo e Relacionamento
Sexo por vezes é praticado unicamente como uma descarga de
impulso instintivo, ou como uma forma patológica de uma necessidade compulsiva
de fazer sexo sem o mínimo sentimento, sem o mínimo afeto, como uma forma de
tentar encobrir carências e vazios psíquicos ou como forma de suprir necessidades que um dos parceiros
acredita que o outro tem e suprindo as necessidades do outro, se protege de
uma suposta “traição “.
Em tempos passados acreditava-se que somente o homem possuía
a necessidade de possuir várias mulheres
o que tinha como simbologia o poder, a força, a masculinidade desenhada num pênis
ereto. Em algumas culturas se este conseguisse com uma ou mais mulheres ter
vários filhos maior era o valor de sua potência masculina. Não se pode negar
que hoje muitos homens devido á esses
fatores culturais determinado por um movimento transgeracional foram modelados
por um pai que por sua vez se inspirou no seu pai:” homem que é homem tem
que ter várias mulheres”, mesmo tendo um relacionamento, um compromisso, senão
sua virilidade ficaria vulnerável. A velocidade do desenvolvimento da tecnologia, a sociedade contemporânea com maior
acesso as informações em todos os âmbitos colocaram quase fim a esse “tabu”. As mulheres passaram a
mostrar suas necessidades. Assim acredito que o melhor seria dizer ás necessidades do ser humano, como uma
compulsiva necessidade de procurar preencher as carências afetivas, ou sexuais
em outra ou outras pessoas principalmente quando no caso de relacionamentos, o que inclui casamentos alguém se decepciona com o par, em relação
as expectativas iniciais da união. A
ânsia irrefreável do sujeito em seduzir ( ou dar um jeitinho de ser
seduzido) para mostrar, provar a si
mesmo ele ou ( ela) que é reconhecido
como uma pessoa admirada e desejada, assim não sentir o desamparo.
Acredito
que ocorra com o masculino uma
necessidade de dissociar a figura feminina em dois aspectos: sua mulher pode
representar a mãe sagrada, pura , protetora e algo assexuada, enquanto a figura
da amante representa para ele a obtenção de uma licença para uma ampla pratica
da sexualidade genital, mas esquecem que a recíproca também existe.
Á partir do que foi
colocado acima podemos pensar em relacionamentos de amigos, de parentes, pais e filhos, instituições, entre outros. Mas o nosso foco é
relacionamentos entre casais, sejam
héteros ou homossexuais. Relacionamentos onde haja algum tipo de envolvimento sexual, emocional ou ambos. Quando parto para esse ponto não posso deixar de pensar nas
mazelas, nas dificuldades, nos vazios, nos desejos reprimidos,nas idealizações
do ser humano.
Então vem a pergunta: Qual o casal que dá certo?.
Acredito que aqueles
que se completam no sentido de que cada um do par seja um pouco de
toda uma representação
que o humano necessita, ou seja, que faça o papel de pai ( mãe), o que resolve a situação do medo do desamparo,
amigos para que possa haver troca, cumplicidade, amantes para que realizem os
instintos e desejos sexuais, que tenham objetivos de vida parecidos para que
cresçam juntos e realizem os objetivos de vida construídos de forma a
realizações pessoais, financeiras e familiares.
Mas não é bem isso que encontramos.
Em sua maioria um deposita no outro a possibilidade de solucionar conflitos, vazios, medos, desejos, o que leva a relações patológicas onde um pode contaminar o outro na sua doença e formam uma dupla patológica. Não posso deixar de citar um vínculo á dois conhecido como "folie a deux" ( “Loucura a dois”). Essa expressão francesa refere-se a situação em que duas ou mais pessoas compartilham um mesmo leque de fantasias e de ansiedades e assim cada um potencializa a neurose do outro e chegam ao ponto em que sentem, pensam e agem de forma similar. Este estado de loucura cria um vinculo de natureza perversa, assim a relação vira uma espécie de "folia” que pode durar até o momento em que um “se cure” ou durar para o resto da vida, como presenciamos em relações de casais, amigos, família e intituições todos os dias.
Em sua maioria um deposita no outro a possibilidade de solucionar conflitos, vazios, medos, desejos, o que leva a relações patológicas onde um pode contaminar o outro na sua doença e formam uma dupla patológica. Não posso deixar de citar um vínculo á dois conhecido como "folie a deux" ( “Loucura a dois”). Essa expressão francesa refere-se a situação em que duas ou mais pessoas compartilham um mesmo leque de fantasias e de ansiedades e assim cada um potencializa a neurose do outro e chegam ao ponto em que sentem, pensam e agem de forma similar. Este estado de loucura cria um vinculo de natureza perversa, assim a relação vira uma espécie de "folia” que pode durar até o momento em que um “se cure” ou durar para o resto da vida, como presenciamos em relações de casais, amigos, família e intituições todos os dias.
APerversaInfiel
O problema da infidelidade: Há alguma explicação?
A infidelidade acompanha a historia da humanidade, como pode ser observados nos antigos relatos
bíblicos, em obras literárias, nos mitos e nos relatos da vida cotidiana. As
causas são muitas e diferentes, desde situações ocasionais, circunstâncias isoladas, sem muita significação ou
conseqüências, até casos de infidelidade crônica e sistemática.
Para responder de forma esquemática devo mencionar que a
infidelidade se dá por : 1. Uma compulsiva necessidade de procurar o
preenchimento de carências afetivas ou sexuais em outra pessoa, já que a mesma se decepciona com o parceiro em
relação as expectativas iniciais da união. 2. Uma irrefreável necessidade de
seduzir ou ser seduzido com a finalidade de ser reconhecido, admirado,
desejado. 3. Por vingança ou retaliação, quando um dos parceiros descobre que o
parceiro(a) traiu e ai vale a frase bíblica de “dente por dente, olho por olho“. 4. Fatores culturais.
5. Situações extremas que revelam se
tratar de perversões sem a mínima preocupação em manter respeito ou discrição
pelo companheiro, pelo contrário, fazem questão de se exporem publicamente e
podemos citar como exemplo o “donjuanismo” no homem ou a "ninfomania“ na mulher (conhecida também como “furor
uterino”). 6. Por tédio, quando o parceiro já não desperta
sensações, emoções, desejo e isto pode ocorrer principalmente quando a admiração
acaba. 7. Quando a relação se resume em retalhações, humilhações e/ou perda de credibililidade.
1- Nascemos sozinhos e durante uma vida toda caminhamos em busca
de preencher as primeiras sensações de vazio e solidão que o nascimento
provoca. Esta é uma das razões pela qual depositamos no outro a possibilidade deste
suprir, preencher, estas necessidades; ledo engano, carregaremos por toda a vida
essas sensações e nos resta aprender a viver
conosco para caminharmos para
independência. Posso citar a solidão descrita por Clarisse Linspector toda
povoada de fantasmas. Mergulhando em suas ângustias disseca-as, transita nos
mais tortuosos caminhos do sofrimento. Clarisse lida com a solidão
compartilhando com os próprios objetos que ela cria e nos deixa como legado a
oferta de uma companhia que aplaca e enriquece o nosso estar só. Suas obras nos ensinam e ajudam a compreender
o estado de solidão que é nato do ser
humano e que nada ou ninguém supre, apenas nós mesmos.
2- Se o eu não se garante no fio do equilíbrio, pode afundar-se no
abismo da paixão. Muda a qualidade do investimento transformando o objeto, ou o
outro que dá prazer em objeto de necessidade, cuja satisfação se torna vital. O individuo (homem
ou mulher) precisa seduzir ou ser seduzido para se sentir “vivo”. O outro não
importa.
3- Quando o foco da relação esta na posse não há possibilidade de compreensão
ou mudança de nenhum dos parceiros, a traição traz a “tona “ o ódio, a raiva,
sentimentos primitivos, infantis, e o parceiro precisa se vingar da possibilidade da perda da “posse”, perda real ou imaginária que traz a
vivência da dor de forma irreparável. A razão da dor está dentro de nós e não
fora, portanto todo encontro de duas
pessoas é sempre um encontro ou um desencontro: a busca de algo supostamente perdido e condenado ao
fracasso porque se o sujeito não está construído em si, desejará se contruir
no e á partir do outro. A perda desta possibilidade leva ao desejo e realização
de vingança como pode ocorrer ao se sentir traído, abandonado pelo outro que
real ou imaginário o completava. Cabe citar o texto de Eurípedes que mostra a
ferida exposta de Medéia, traída no seu amor por Jasão, a quem ajudara e com
quem teve filhos. Medéia, em sua fúria vingativa enfeitiça de morte sua rival e o
pai, matando-os. Em seguida mata os filhos que tivera com Jasão de forma a deixá-lo
no pior dos sofrimentos. A vingança pela traição no texto de Euripides apresenta
o mundo imaginário em cada um de nós, os abismos que nos cercam de forma real
ou simbólica.
4- Fatores culturais. Em determinadas culturas a poligamia é
aceita, mas como já é dito "É PRECISO TER "CACIFE" PARA TER MAIS DE UMA MULHER OU PARCEIRO” No sentido real desta frase significa que um homem ou mulher precisa ter condições, sejam elas
financeiras, pessoais, sexuais, entre outras para dar conta de manter mais de uma
relação ao mesmo tempo. Homens que fazem parte destas culturas têm pelo menos
estes três requisitos e portanto a permissão de suas mulheres. Já em nossa
cultura, como citado anteriormente há o fator da transgeracionalidade, onde pai
passa para o filho e filho para o filho que o homem deve ter mais de uma
mulher.
5- Don Juan. O sedutor indomável; o engano da lista.
“Como não posso desempenhar o papel de amante por causa de minha
deformidade, serei o vilão, conspirarei, assassinarei e farei tudo o que
quiser. Essa motivação frívola sufocaria qualquer sentimento de simpatia no
auditório, se não fosse um pano de fundo para algo muito mais grave. Do
contrário a peça seria psicológicamente
impossível, pois o escritor deve saber
como fornecer antecedentes secretos que
despertem simpatia pelo herói a fim de que
possamos admirar sua ousadia e desembaraço sem protesto interior e essa
simpatia só pode basear-se na compreensão ou no sentimento de uma passível
solidariedade interior em relação a ele ( ....) Ricardo é um ampliação do que
encontramos em nós mesmos" ( Referência feita por Freud á obra de Shakespeare,
Ricardo III, 1916 p. 355 ).
Tirso de Molina, pseudônimo do Frei espanhol Gabriel Telez, editou em
Barcelona no ano de 1630, a peça teatral
EL BURLADOR DE SEVILLA, o herói Don Juan corre o mundo. O sucesso foi tanto que
inúmeros outros escritores aventuraram-se ao longo de anos, séculos, tentando fazer
alterações no texto original. A impressão causada pela peça só pode ser
verdadeiramente explicada pelo fato das peripécias de Don Juan produzirem um
prazer que “procede de uma liberação de tensões em nossas mentes. A atividade donjuanesca consegue
através da condenação do frei mercenário gerar sentimentos de simpatia e
magnanimidade. A verdadeira poesia esta
na técnica de superar o nosso sentimento
de repulsa com relação ás atuações
perversas de nosso herói por ser uma ampliação do que há em nos mesmos.
Julia Kristera, (Psicanalista natural da Bulgária e residente em Paris desde 1966), diz que o único
objetivo de DonJuan é a conquista. É gozar e fugir. Após o intercurso, o herói
quer outra, uma nova, é a possibilidade da permanente mudança de objeto(pessoa)
que o atrai, já que o outro não é para ser mantido. As mulheres como membros de um série (Sartre 1933), Kristera nos fala
que “Por mais malicioso que seja o prazer dessa conta, ele não capitaliza no
limite mais que o sadismo de reduzir a números, as possuídas de uma paixão que
para o Senhor não é uma conta, mas um jogo” p 227.
A lista domjuanesca apresenta um outro aspecto que nos faz pensar
quando Leopoldo fala sobro o assunto, seja em Moliere ou na opera de Mozart,
para dissimular uma reenvidicação feminina, como presenciamos o tempo todo essa lista é para apresentar a outros homens, para apresentar-se narcisicamente não ás mulheres mas a outros homens. A lista de conquistas quando
apresentadas causam inveja tanto em homens quanto em mulheres. Há uma necessidade de provar a si que é desejado
através dos sentimentos dos outros. Na
sociedade contemporânea temos presenciado isso todos os dias desde adolescentes
até grupos da senescência. O mesmo ocorre com mulheres que necessitam provar a si mesmas
que são desejadas e que tem capacidade
de ter e conquistar quem quiser e fazer sexo quando quiser, precisar ou
necessitar, assim como que para Don Juan, para as ninfomaníacas o que importa é
a lista de conquista e as aventuras realizadas causando sentimentos de inveja
nas outras mulheres e fortalecendo suas necessidades narcísicas.
6- Por tédio, causado pela
perda de afetos, onde já não há mais paixão entusiasmo,
admiração. Não há amor nem ódio. O sentimento antitético ao amor é a indiferença.
Somos muito influenciados pela atitude
cristã de excluir o ódio, o que faz com que este retorne na pessoa á partir do real (ou
sinto ódio, ou eu não sinto nada) em forma de doenças ou na sensação de que o
“eu” que odeia é uma figura estranha, não existente. Á partir deste vazio o ser
humano precisa ir em busca de uma paixão (pulsão de vida) pois está neste
momento presente apenas a pulsão de morte. Acredito que principalmente por
dependência, medo de perdas maiores, como por exemplo, o afastamento da convivência
com os filhos, a pessoa não resolve em si e portanto no outro o conflito da
inexistência não solucionando de forma
cívil á relação para iniciar outra, inicia outra e mostra de forma
consciênte ou inconsciênte que tem de volta a “pulsão de vida” quando o
parceiro descobre, primeiro porque busca
descobrir e segundo porque também estava no mesmo movimento do parceiro(pulsão de morte) e precisa encontrar um caminho para a vida. ( CONSULTA: Solidão- Cadernos de Psicanalise –SPCRJ ,
Psicanálise em perguntas e respostas - verdades, mitos e tabus - D. E. Zimerman)
7- Quando a relação se resume em humilhações, retalhações. Quando
percebe-se que perdeu tudo, as idealizações se transformam em realidade e existe a procura por um
culpado. Todo mundo é culpado, culpado é o amigo ou parente que não lhe deu
ouvidos quando sussurrava aos ouvidos destes sua decepção. Assim acontece quando descoberto na “suposta traição”, digo suposta,
porque se um dos da dupla precisa
encontrar um outro alguém, grande é o significado de não querer permanecer numa
relação que pode se tornar patológica. Há o que humilha, mas há o que aceite a humilhação e permanece na relação. Encontrar o que e quem
perdeu é um sinal de sanidade, de boa autoestima, de valorização de si mesmo.
Assim não há um culpado.
APerversaInfiel
Desejos Sexuais
Para falarmos deste assunto tão polêmico não podemos deixar
de falar sobre o Narcisismo, principalmente
porque como vimos antes, cada um do par da relação esta ainda muito voltado para
si e no ato sexual isso se amplia por ser um momento extremamente
narcísico, onde nos desligamos de tudo a
nossa volta e nos focamos na satisfação de realizar o nosso desejo físico, mental, psicológico, onde o que vale é a
satisfação própria e individual. Para falarmos de narcisismo é necessário nos
ater á um dos fatores de regulação da
gênese e do desenvolvimento do aparelho psíquico numa pessoa. Para isso recordarei
conceitos e definições já existentes. Pretendo iniciar realçando algumas idéias sobre narcisismo á
partir de Introdução ao Narcisismo de Freud (1914) e as mudanças, aceitações e evoluções, em momentos diferentes. Tentarei mostrar a função reguladora interna de
transformações pelas quais passam qualquer pessoa. Freud constatou que FORÇAS
ANTI-INSTINTIVAS PODER SER DE TAL INACESSIBILIDADE DA CONSCIÊNCIA QUANTO OS
DESEJOS SEXUAIS QUE ELAS REPRIMEM. Qual então é força que rege o conflito se
este não ocorre somente entre ser consciênte ou inconsciênte?. Já nesta época,
Freud descobriu que a necessidade de punição pode ser em si mesma motivo de
conflito, sujeitando-se a ser reprimida de maneira muito parecida com a
repressão do desejo sexual. O mundo psíquico na época deste estudo abrangia a
luta entre forças consciêntes e inconsciêntes,ganhando um complicador chamado
ideal-do ego, cujo o papel era defender interesses próprios, interesses
narcísicos saudáveis ou patológicos, voltados a manutenção ou destruição do individuo.
Esses interesses poderiam ser projetados para o mundo externo, ou seja, no social.
Se a luta era poder ou não tornar consciênte o inconsciente referente aos
conflitos sexuais, o individuo introduz o conflito entre outros interesse, mas
ligados sempre á sua existência. Em 1923
Freud descreve então que o ego aparece como mediador dos interesses entre o mundo interno e externo. Assim
considero tais ideais a expressão de conteúdos que são representados pelo self,
fazendo referência ao que James Strachey traduziu por ego, onde Freud havia
significado o que hoje escrevemos como “self”. Portanto o self é a sede, para efeito
do que falamos, do que um individuo gostaria de ser, quer ser, seria se fosse
possível, sentir-se-ia satisfeito sendo. Este desejo de ser, este modo de
ser, esta busca de satisfação num modo de ser funciona como um ideal, instância
reguladora interna que cria estruturas psíquicas que se desenvolvem ao longo da
vida de um individuo. Ideal aqui se
refere a um fator de regulação individual e não coletivo. Esta instância
reguladora é o que impulsiona e empurra o individuo para as mais variadas direções, gerando conflitos. Não
os conflitos clássicos, mas os conflitos resultantes da luta pelo que o
individuo quer ser ou precisa ser e da insatisfação pelo que não conseguiu
ser. Assim, do self emana as representações e
imagens destes ideais e neste sentido o self é tanto mais integrado e mais
coeso quanto mais conseguiu realizar seus ideais. Podemos incluir aqui
representações de conteúdos hereditários e pressões precocemente adquiridas que
exercem sobre o individuo a cobrança interna do vir a ser. Para o conteúdo
individual atingir um significado e uma representação mental, este conteúdo
precisa fazer o percurso do interno para o externo e voltar para o interno.
Viver as diferenças para formar uma estrutura, A ESTRUTURA DE CADA UM .
Vivenciando as experiências é que podemos construir cada um nossa estrutura e então por esta razão,
amores virtuais não formam estrutura. Só quem ama ou odeia um objeto externo
a si mesmo forma esta experiência estruturante. Um individuo visto como um
sistema narcísico só sai em busca de algo quando pressionado por uma
necessidade. Esta necessidade pode ser a de realizar um plano pessoal de
feitos, incluindo aqui feitos necessários á sua sobrevivência. Sair em busca de
satisfazer suas necessidades é a base do funcionamento projetivo. O individuo
projeta no outro e se o outro for
dependente introjetará estas projeções. Podemos pensar então que quando um individuo
busca um relacionamento, formar um par com parceria, cumplicidade, ele vai
baseado na estruturação interna formada como vimos antes. Quando consegue
realizar mais suas idealizações do ser, mais saudável será a dupla constituída. Mas se fica sempre na busca do vir a ser,
buscando isso no outro construirá uma relação patológica que quer ou não
influenciará a prole. Já se a busca é para suprir, satisfazer necessidades
sexuais, a identidade do outro pouco importa. Hoje presenciamos isso em muitas pessoas independente da escolha
sexual, ou seja, no dia seguinte não existe nome, nem telefone, não há vínculo, só
satisfação de necessidades narcísicas aqui no caso sexuais. Continua...
APerversaInfiel
O mundo foi sendo construído, no que se refere a sexualidade, através de punições. Não podemos esquecer que em certos períodos desta construção era proibido a mulher sentir orgasmo, ela se considerava pecadora, o sexo era apenas realizado com o objetivo de procriar. Os homens realizavam seus desejos e impulsos na maioria das vezes com prostitutas.
APerversaInfiel
Sexualidade Moderna
O mundo foi sendo construído, no que se refere a sexualidade, através de punições. Não podemos esquecer que em certos períodos desta construção era proibido a mulher sentir orgasmo, ela se considerava pecadora, o sexo era apenas realizado com o objetivo de procriar. Os homens realizavam seus desejos e impulsos na maioria das vezes com prostitutas.
Muitas doenças físicas e emocionais femininas,
tiveram suas explicações nas repressões sexuais assim como muitas
doenças masculinas adquiridas nas relações promíscuas.
Vivemos
ainda hoje numa sociedade que ainda não entende sua sexualidade. A AIDS,
aparece, como alerta. Resolveu?. Sabemos que para uma pessoa se sentir
bem num relacionamento sexual é necessário que conheça bem a si mesma.
As zonas erógenas estão em todo corpo, nos cinco sentidos, e não esta
apenas nos órgãos sexuais, nas genitálias, como se prega há muito tempo
com relação ao masculino. Se o prazer se concentra só nos órgãos
sexuais, no orgasmo, na ejaculação, o ato em si confortará
momentaneamente, porque de fato ocorre a descarga de energia libidinal,
ocorre a sensação de vazio “vazio de descarga de energia”, mas ficará o
vazio emocional, o desejo não se completa, não se realiza. Acredito que
as pessoas que estão na faixa dos 18 aos 35 anos, fazem qualquer coisa
para ter um corpo perfeito (narcisismo imperando) acreditando que assim
não ocorrerá os vazios emocionais, "o outro me amara tanto, idolatrará
meu corpo, não me deixará, suprirá todas as minhas necessidades",
"espelho, espelho meu, diga se há alguém mais belo(a) do que eu?". Ledo
engano, o vazio emocional ocorrerá e muito em breve procurará outro
que funcionará apenas como objeto de descarga da libido. Claro que não
podemos negar a necessidade fisiológica , mas também temos que pensar
que deixamos de ser “ bichos “, e há muito tempo evoluímos. Ou não?.
O fato é que temos a capacidade de usar o pensar, e com isso "pensar os pensamentos" como disse Bion
ao desenvolver sua teoria sobre o pensar. O homem é capaz de buscar as
realizações de seus “ideais prováveis”. Então vem a pergunta: O que o
homem quer hoje de sua sexualidade? O que busca o ser humano de fato ao
fazer uso de sua sexualidade? A vaidade em dose certa é necessária, uma
maneira de mostrar a si mesmo que se gosta, que se curte, mas quando
exagerada sabemos que pode ser patológica.
Assistimos todos os
dias meninas fazendo uso de sua sexualidade e capacidade de dar vida,
engravidando pelos mais diversos motivos, como exemplo sair mais rápido
de sua família de origem, garantir seu futuro financeiro, conquistar status
(ter filhos com atores, atrizes, modelos, jogadores de futebol, grandes
executivos, etc. Um dos maiores motivos (delirante) é ter uma ligação
”eterna” com o escolhido. Outro é sua sobrevivência em lugares onde não
há emprego, recursos culturais, familiares, sociais, e também para
ganhar um bom dinheiro de forma rápida em grandes centros.
Se
sexo é troca de energia, é alegria, é estimulante, faz bem a cabeça, a
banalização é o outro extremo de como muitos lidam com sua sexualidade,
se vangloriando do número de pessoas que conquistam, trocam de
parceiros como quem troca de roupa, sem nenhum vinculo, nenhum afeto.
Isso preenche?. Se preenche, preenche o que?. O masculino, mais que o
feminino ainda tem maior capacidade de não se envolver emocionalmente,
porque através de milhares e milhares de anos foi aprendendo a vestir
sua armadura emocional e cultural, mas vindo de mulheres, de úteros,
será que ficam bem contabilizando sexo em números?. Por mais que vistam
suas armaduras, ainda caem nas garras daquelas que se fazem de
coitadinhas, de frágeis, inseguras (AS FAMOSAS HISTÉRICAS). A mulher
sabe usar dos artifícios mais cruéis para conseguir o que deseja.
Armadura criada também culturalmente de proteção.
Sexo sem afeto leva ao auto-abandono, a solidão.
Se sexo é uma fonte de energia e vida, quando mal usado pode ser fonte de destruição e de sofrimento.
As mulheres com o intuído de copiar a liberdade e libertinagem masculina estão vivendo este processo na sociedade contemporânea, ou seja, o sofrimento e a solidão. Será que é possível usar o pensar e os pensamentos?, será que é possível dar um alerta a esta realidade atual?, realidade para todos os seres humanos?. Será que é possível mostrar o quanto estamos trocando a energia sexual construtiva, de vida, por trabalho, dinheiro e status?.
Não há “ato, relacionamento sexual, envolvimento, se não houver a capacidade de sedução.
Vou usar como exemplo de sedução a Diana deste blog. Para isso usarei seu penúltimo conto. Diana se tornou uma maestrina sedutora depois que descobre suas necessidades. Ela sabe seduzir, ela seduz e o homem se deixa ser seduzido por ela. Não temos ainda nenhuma descrição de sua aparência, de suas realizações, sabemos que socialmente se comporta como uma mulher comum, mas faz uso talvez dos gestos implícitos, da voz, do olhar para seduzir e assim suprir uma de suas necessidades, mas não haveria sexo com o pai de Luciano, se seu olhar não o tivesse seduzido, ao vê-lo não se vitimiza, não grita, não se desculpa, apenas se entrega. Apesar da necessidade que tem de sexo, acredito que com o intuito de suprir seus vazios, a perversidade de Diana é bem compreendida. Faz imaginar uma “diva” e não uma promíscua.
DIANA É O “UP” DESTE BLOG !
Sexo sem afeto leva ao auto-abandono, a solidão.
Se sexo é uma fonte de energia e vida, quando mal usado pode ser fonte de destruição e de sofrimento.
As mulheres com o intuído de copiar a liberdade e libertinagem masculina estão vivendo este processo na sociedade contemporânea, ou seja, o sofrimento e a solidão. Será que é possível usar o pensar e os pensamentos?, será que é possível dar um alerta a esta realidade atual?, realidade para todos os seres humanos?. Será que é possível mostrar o quanto estamos trocando a energia sexual construtiva, de vida, por trabalho, dinheiro e status?.
Não há “ato, relacionamento sexual, envolvimento, se não houver a capacidade de sedução.
Vou usar como exemplo de sedução a Diana deste blog. Para isso usarei seu penúltimo conto. Diana se tornou uma maestrina sedutora depois que descobre suas necessidades. Ela sabe seduzir, ela seduz e o homem se deixa ser seduzido por ela. Não temos ainda nenhuma descrição de sua aparência, de suas realizações, sabemos que socialmente se comporta como uma mulher comum, mas faz uso talvez dos gestos implícitos, da voz, do olhar para seduzir e assim suprir uma de suas necessidades, mas não haveria sexo com o pai de Luciano, se seu olhar não o tivesse seduzido, ao vê-lo não se vitimiza, não grita, não se desculpa, apenas se entrega. Apesar da necessidade que tem de sexo, acredito que com o intuito de suprir seus vazios, a perversidade de Diana é bem compreendida. Faz imaginar uma “diva” e não uma promíscua.
DIANA É O “UP” DESTE BLOG !
Memoravel texto!
ResponderExcluirObrigada! Em breve mais novidades! Beijo!
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