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Sexo & Relacionamento


Sexo e Relacionamento

Sexo por vezes é praticado unicamente como uma descarga de impulso instintivo, ou como uma forma patológica de uma necessidade compulsiva de fazer sexo sem o mínimo sentimento, sem o mínimo afeto, como uma forma de tentar encobrir carências e vazios psíquicos ou como forma de suprir necessidades que um dos parceiros acredita que o outro tem e suprindo as necessidades do outro, se protege de uma  suposta “traição “.
Em tempos passados acreditava-se que somente o homem possuía a necessidade de possuir várias mulheres o que tinha como simbologia o poder, a força, a masculinidade desenhada num pênis ereto. Em algumas culturas se este conseguisse com uma ou mais mulheres ter vários filhos maior era o valor de sua potência masculina. Não se pode negar que hoje muitos homens devido á esses fatores culturais determinado por um movimento transgeracional foram modelados por um pai que por sua vez se inspirou no seu pai:” homem que é homem tem que ter várias mulheres”, mesmo tendo um relacionamento, um compromisso, senão sua virilidade ficaria vulnerável. A velocidade do desenvolvimento da tecnologia, a  sociedade contemporânea com  maior acesso as informações em todos os âmbitos colocaram quase fim a esse “tabu”. As mulheres passaram a mostrar suas necessidades. Assim acredito que o melhor seria dizer ás necessidades do ser humano, como uma compulsiva necessidade de procurar preencher as carências afetivas, ou sexuais em outra ou outras pessoas principalmente quando no caso de relacionamentos, o que inclui casamentos alguém se decepciona com o par, em relação as expectativas iniciais da união. A ânsia irrefreável do sujeito em seduzir ( ou dar um jeitinho de ser seduzido)  para mostrar, provar a si mesmo ele ou ( ela) que é reconhecido como uma pessoa admirada e desejada, assim não sentir o desamparo.
Acredito que ocorra com o masculino  uma necessidade de dissociar a figura feminina em dois aspectos: sua mulher pode representar a mãe sagrada, pura , protetora e algo assexuada, enquanto a figura da amante representa para ele a obtenção de uma licença para uma ampla pratica da sexualidade genital, mas esquecem que a recíproca também existe.
Á partir do que foi colocado acima podemos pensar em relacionamentos  de amigos, de parentes, pais e  filhos, instituições, entre outros. Mas o nosso foco é relacionamentos entre casais, sejam héteros ou homossexuais. Relacionamentos onde  haja algum tipo de envolvimento sexual, emocional ou ambos. Quando parto para esse ponto não posso deixar de pensar nas mazelas, nas dificuldades, nos vazios, nos desejos reprimidos,nas idealizações do ser humano.
Então vem a pergunta: Qual o casal que dá certo?.
Acredito que aqueles que se completam no sentido de que cada um do par seja um pouco de 
toda uma representação que o humano necessita, ou seja, que faça o papel de pai ( mãe), o que  resolve a situação do medo do desamparo, amigos para que possa haver troca, cumplicidade, amantes para que realizem os instintos e desejos sexuais, que tenham objetivos de vida parecidos para que cresçam juntos e realizem os objetivos de vida construídos de forma a realizações pessoais, financeiras e familiares.
Mas não é bem isso que encontramos.
Em sua maioria um deposita no outro a possibilidade de solucionar conflitos, vazios, medos, desejos, o que leva a relações patológicas onde um pode contaminar o outro na sua doença e formam uma dupla patológica. Não posso deixar de citar um vínculo á dois conhecido como "folie a deux"  ( “Loucura a dois”). Essa expressão francesa refere-se a situação em que duas ou mais pessoas compartilham um mesmo leque de fantasias e de ansiedades e assim cada um potencializa a neurose do outro e chegam ao ponto em que sentem, pensam e agem de forma similar. Este estado de loucura cria um vinculo de natureza perversa, assim a relação vira uma espécie de "folia” que pode durar  até o momento em que um “se cure” ou durar para o resto da vida, como presenciamos em relações de casais, amigos, família e intituições todos os dias.


APerversaInfiel


 
O problema da infidelidade: Há alguma explicação?

A infidelidade acompanha a historia da humanidade, como pode ser observados nos antigos relatos bíblicos, em obras literárias, nos mitos e nos relatos da vida cotidiana. As causas são muitas e diferentes, desde situações ocasionais, circunstâncias isoladas, sem muita significação ou conseqüências, até casos de infidelidade crônica e sistemática.

Para responder de forma esquemática devo mencionar que a infidelidade se dá por : 1. Uma compulsiva necessidade de procurar o preenchimento de carências afetivas ou sexuais em outra pessoa, já que a mesma se decepciona com o parceiro em relação as expectativas iniciais da união. 2. Uma irrefreável necessidade de seduzir ou ser seduzido com a finalidade de ser reconhecido, admirado, desejado. 3. Por vingança ou retaliação, quando um dos parceiros descobre que o parceiro(a) traiu e ai vale a frase bíblica de “dente por dente, olho por olho“. 4. Fatores culturais. 5. Situações extremas que revelam se tratar de perversões sem a mínima preocupação em manter respeito ou discrição pelo companheiro, pelo contrário, fazem questão de se exporem publicamente e podemos citar como exemplo o “donjuanismo” no homem ou a "ninfomania“  na mulher (conhecida também como “furor uterino”). 6. Por tédio, quando o parceiro já não desperta sensações, emoções, desejo e isto pode ocorrer principalmente quando a admiração acaba. 7. Quando a relação se resume em retalhações, humilhações e/ou perda de credibililidade.

1- Nascemos sozinhos e durante uma vida toda caminhamos em busca de preencher as primeiras sensações de vazio e solidão que o nascimento provoca. Esta é uma das razões pela qual depositamos no outro a possibilidade deste suprir, preencher, estas necessidades; ledo engano, carregaremos por toda a vida essas sensações e nos resta aprender a viver  conosco para caminharmos para independência. Posso citar a solidão descrita por Clarisse Linspector toda povoada de fantasmas. Mergulhando em suas ângustias disseca-as, transita nos mais tortuosos caminhos do sofrimento. Clarisse lida com a solidão compartilhando com os próprios objetos que ela cria e nos deixa como legado a oferta de uma companhia que aplaca e enriquece o nosso estar só. Suas obras nos ensinam e ajudam a compreender o estado de solidão que é nato do ser humano e que nada ou ninguém supre, apenas nós mesmos.

2- Se o eu não se garante no fio do equilíbrio, pode afundar-se no abismo da paixão. Muda a qualidade do investimento transformando o objeto, ou o outro que dá prazer em objeto de necessidade, cuja satisfação se torna vital. O individuo (homem ou mulher) precisa seduzir ou ser seduzido para se sentir “vivo”. O outro não importa.

3- Quando o foco da relação esta na posse não há possibilidade de compreensão ou mudança de nenhum dos parceiros, a traição traz a “tona “ o ódio, a raiva, sentimentos primitivos, infantis, e o parceiro precisa se vingar da possibilidade da perda da “posse”, perda real ou imaginária que traz a vivência da dor de forma irreparável. A razão da dor está dentro de nós e não fora, portanto todo encontro de duas  pessoas é sempre um encontro ou um desencontro: a busca de algo supostamente perdido e condenado ao fracasso porque se o sujeito não está construído em si, desejará se contruir no e á partir do outro. A perda desta possibilidade leva ao desejo e realização de vingança como pode ocorrer ao se sentir traído, abandonado pelo outro que real ou imaginário o completava. Cabe citar o texto de Eurípedes que mostra a ferida exposta de Medéia, traída no seu amor por Jasão, a quem ajudara e com quem teve filhos. Medéia, em sua fúria vingativa enfeitiça de morte sua rival e o pai, matando-os. Em seguida mata os filhos que tivera com Jasão de forma a deixá-lo no pior dos sofrimentos. A vingança pela traição no texto de Euripides apresenta o mundo imaginário em cada um de nós, os abismos que nos cercam de forma real ou simbólica.

4- Fatores culturais. Em determinadas culturas a poligamia é aceita, mas como já é dito "É PRECISO TER "CACIFE" PARA TER MAIS DE UMA MULHER OU PARCEIRO” No sentido  real desta frase significa que um homem ou mulher precisa ter condições, sejam elas financeiras, pessoais, sexuais, entre outras para dar conta de manter mais de uma relação ao mesmo tempo. Homens que fazem parte destas culturas têm pelo menos estes três requisitos e portanto a permissão de suas mulheres. Já em nossa cultura, como citado anteriormente há o fator da transgeracionalidade, onde pai passa para o filho e filho para o filho que o homem deve ter mais de uma mulher.

5- Don Juan. O sedutor indomável; o engano da lista.

“Como não posso desempenhar o papel de amante por causa de minha deformidade, serei o vilão, conspirarei, assassinarei e farei tudo o que quiser. Essa motivação frívola sufocaria qualquer sentimento de simpatia no auditório, se não fosse um pano de fundo para algo muito mais grave. Do contrário a peça seria psicológicamente impossível, pois o escritor  deve saber como fornecer antecedentes secretos que despertem simpatia pelo herói a fim de que  possamos admirar sua ousadia e desembaraço sem protesto interior e essa simpatia só pode basear-se na compreensão ou no sentimento de uma passível solidariedade interior em relação a ele ( ....) Ricardo é um ampliação do que encontramos em nós mesmos" ( Referência feita por Freud á obra de Shakespeare, Ricardo III, 1916  p. 355 ).

Tirso de Molina, pseudônimo do Frei espanhol Gabriel Telez, editou em Barcelona no ano de 1630, a peça  teatral EL BURLADOR DE SEVILLA, o herói Don Juan corre o mundo. O sucesso foi tanto que inúmeros outros escritores aventuraram-se ao longo de anos, séculos, tentando fazer alterações no texto original. A impressão causada pela peça só pode ser verdadeiramente explicada pelo fato das peripécias de Don Juan produzirem um prazer que “procede de uma liberação de tensões em nossas mentes. A atividade donjuanesca consegue através da condenação do frei mercenário gerar sentimentos de simpatia e magnanimidade. A verdadeira poesia esta na técnica de superar o nosso sentimento de repulsa com relação ás atuações perversas de nosso herói por ser uma ampliação do que há em nos mesmos.

Julia Kristera, (Psicanalista natural da Bulgária e residente em Paris desde 1966), diz que o único objetivo de DonJuan é a conquista. É gozar e fugir. Após o intercurso, o herói quer outra, uma nova, é a possibilidade da permanente mudança de objeto(pessoa) que o atrai, já que o outro não é para ser mantido. As mulheres como membros de um série (Sartre 1933),  Kristera nos fala que “Por mais malicioso que seja o prazer dessa conta, ele não capitaliza no limite mais que o sadismo de reduzir a números, as possuídas de uma paixão que para o Senhor não é uma conta, mas um jogo” p 227.

A lista domjuanesca apresenta um outro aspecto que nos faz pensar quando Leopoldo fala sobro o assunto, seja em Moliere ou na opera de Mozart, para dissimular uma reenvidicação feminina, como presenciamos o tempo todo essa lista é para apresentar a outros homens, para apresentar-se narcisicamente não ás mulheres mas a outros homens. A lista de conquistas quando apresentadas causam inveja tanto em homens quanto em mulheres. Há uma necessidade de provar a si que é desejado através dos sentimentos dos outros. Na sociedade contemporânea temos presenciado isso todos os dias desde adolescentes até grupos da senescência. O mesmo ocorre com mulheres que necessitam provar a si mesmas que são desejadas e que tem capacidade de ter e conquistar quem quiser e fazer sexo quando quiser, precisar ou necessitar, assim como que para Don Juan, para as ninfomaníacas o que importa é a lista de conquista e as aventuras realizadas causando sentimentos de inveja nas outras mulheres e fortalecendo suas necessidades narcísicas.

6- Por tédio, causado pela perda de afetos, onde já não há mais paixão entusiasmo, admiração. Não há amor nem ódio. O sentimento antitético ao amor é a indiferença. Somos muito influenciados pela atitude cristã de excluir o ódio, o que faz com que este retorne na pessoa á partir do real (ou sinto ódio, ou eu não sinto nada) em forma de doenças ou na sensação de que o “eu” que odeia é uma figura estranha, não existente. Á partir deste vazio o ser humano precisa ir em busca de uma paixão (pulsão de vida) pois está neste momento presente apenas a pulsão de morte. Acredito que principalmente por dependência, medo de perdas maiores, como por exemplo, o afastamento da convivência com os filhos, a pessoa não resolve em si e portanto no outro o conflito da inexistência não solucionando de forma cívil á relação para iniciar outra, inicia outra e mostra de forma consciênte ou inconsciênte que tem de volta a “pulsão de vida” quando o parceiro descobre, primeiro porque busca descobrir e segundo porque também estava no mesmo movimento do parceiro(pulsão de morte) e precisa encontrar um caminho para a vida. ( CONSULTA:  Solidão- Cadernos de Psicanalise –SPCRJ , Psicanálise em perguntas e respostas - verdades, mitos e tabus - D. E. Zimerman)

7- Quando a relação se resume em humilhações, retalhações. Quando percebe-se que perdeu tudo, as idealizações se transformam em realidade e existe a procura por um culpado. Todo mundo é culpado, culpado é o amigo ou parente que não lhe deu ouvidos quando sussurrava aos ouvidos destes sua decepção. Assim acontece quando descoberto na “suposta traição”, digo suposta, porque se um dos da dupla precisa encontrar um outro alguém, grande é o significado de não querer permanecer numa relação que pode se tornar patológica. Há o que humilha, mas há o que aceite a humilhação e permanece na relação. Encontrar o que e quem perdeu é um sinal de sanidade, de boa autoestima, de valorização de si mesmo. Assim não há um culpado.

APerversaInfiel 



Desejos Sexuais  

Para falarmos deste assunto tão polêmico não podemos deixar de falar sobre o Narcisismo, principalmente porque como vimos antes, cada um do par da relação esta ainda muito voltado para si e no ato sexual isso se amplia por ser um momento extremamente narcísico, onde nos desligamos de tudo a nossa volta e nos focamos na satisfação de realizar o nosso desejo físico, mental, psicológico, onde o que vale é a satisfação própria e individual. Para falarmos de narcisismo é necessário nos ater á um dos fatores de regulação da gênese e do desenvolvimento do aparelho psíquico numa pessoa. Para isso recordarei conceitos e definições já existentes. Pretendo iniciar realçando algumas idéias sobre narcisismo á partir de Introdução ao Narcisismo de Freud (1914)  e as mudanças, aceitações e evoluções, em momentos diferentes. Tentarei mostrar a função reguladora interna de transformações pelas quais passam qualquer pessoa. Freud constatou que FORÇAS ANTI-INSTINTIVAS PODER SER DE TAL INACESSIBILIDADE DA CONSCIÊNCIA QUANTO OS DESEJOS SEXUAIS QUE ELAS REPRIMEM. Qual então é força que rege o conflito se este não ocorre somente entre ser consciênte ou inconsciênte?. Já nesta época, Freud descobriu que a necessidade de punição pode ser em si mesma motivo de conflito, sujeitando-se a ser reprimida de maneira muito parecida com a repressão do desejo sexual. O mundo psíquico na época deste estudo abrangia a luta entre forças consciêntes e inconsciêntes,ganhando um complicador chamado ideal-do ego, cujo o papel era defender interesses próprios, interesses narcísicos saudáveis ou patológicos, voltados a manutenção ou destruição do individuo. Esses interesses poderiam ser projetados para o mundo externo, ou seja, no social. Se a luta era poder ou não tornar consciênte o inconsciente referente aos conflitos sexuais, o individuo introduz o conflito entre outros interesse, mas ligados sempre á sua existência. Em 1923 Freud descreve então que o ego aparece como mediador dos interesses entre o mundo interno e externo. Assim considero tais ideais a expressão de conteúdos que são representados pelo self, fazendo referência ao que James Strachey traduziu por ego, onde Freud havia significado o que hoje escrevemos como “self”. Portanto o self é a sede, para efeito do que falamos, do que um individuo gostaria de ser, quer ser, seria se fosse possível, sentir-se-ia satisfeito sendo. Este desejo de ser, este modo de ser, esta busca de satisfação num modo de ser funciona como um ideal, instância reguladora interna que cria estruturas psíquicas que se desenvolvem ao longo da vida de um individuo. Ideal aqui se refere a um fator de regulação individual e não coletivo. Esta instância reguladora é o que impulsiona e empurra o individuo para as mais variadas direções, gerando conflitos. Não os conflitos clássicos, mas os conflitos resultantes da luta pelo que o individuo quer ser ou precisa ser e da insatisfação pelo que não conseguiu ser. Assim, do self emana as representações e imagens destes ideais e neste sentido o self é tanto mais integrado e mais coeso quanto mais conseguiu realizar seus ideais. Podemos incluir aqui representações de conteúdos hereditários e pressões precocemente adquiridas que exercem sobre o individuo a cobrança interna do vir a ser. Para o conteúdo individual atingir um significado e uma representação mental, este conteúdo precisa fazer o percurso do interno para o externo e voltar para o interno. Viver as diferenças para formar uma estrutura, A ESTRUTURA DE CADA UM . Vivenciando as experiências é que podemos construir  cada um nossa estrutura e então por esta razão, amores virtuais não formam estrutura. Só quem ama ou odeia um objeto externo a si mesmo forma esta experiência estruturante. Um individuo visto como um sistema narcísico só sai em busca de algo quando pressionado por uma necessidade. Esta necessidade pode ser a de realizar um plano pessoal de feitos, incluindo aqui feitos necessários á sua sobrevivência. Sair em busca de satisfazer suas necessidades é a base do funcionamento projetivo. O individuo projeta no outro e se o outro for dependente introjetará estas projeções. Podemos pensar então que quando um individuo busca um relacionamento, formar um par com parceria, cumplicidade, ele vai baseado na estruturação interna formada como vimos antes. Quando consegue realizar mais suas idealizações do ser, mais saudável será a dupla constituída. Mas se fica sempre na busca do vir a ser, buscando isso no outro construirá uma relação patológica que quer ou não influenciará a prole. Já se a busca é para suprir, satisfazer necessidades sexuais, a identidade do outro pouco importa. Hoje presenciamos isso em muitas pessoas independente da escolha sexual, ou seja, no dia seguinte não existe nome, nem telefone, não há vínculo, só satisfação de necessidades narcísicas aqui no caso sexuais. Continua...

APerversaInfiel 


Sexualidade Moderna


O mundo foi sendo construído, no que se refere a sexualidade, através de punições. Não podemos esquecer que em certos períodos desta construção era proibido a mulher sentir orgasmo, ela se considerava pecadora, o sexo era apenas realizado com o objetivo de procriar. Os homens realizavam seus desejos e impulsos na maioria das vezes com prostitutas. 
Muitas doenças físicas e emocionais femininas, tiveram suas explicações nas repressões sexuais assim como muitas doenças masculinas adquiridas nas relações promíscuas. 
Vivemos ainda hoje numa sociedade que ainda não entende sua sexualidade. A AIDS, aparece, como alerta. Resolveu?. Sabemos que para uma pessoa se sentir bem num relacionamento sexual é necessário que conheça bem a si mesma. As zonas erógenas estão em todo corpo, nos cinco sentidos, e não esta apenas nos órgãos sexuais, nas genitálias, como se prega há muito tempo com relação ao masculino. Se o prazer se concentra só nos órgãos sexuais, no orgasmo, na ejaculação, o ato em si confortará momentaneamente, porque de fato ocorre a descarga de energia libidinal, ocorre a sensação de vazio “vazio de descarga de energia”, mas ficará o vazio emocional, o desejo não se completa, não se realiza. Acredito que as pessoas que estão na faixa dos 18 aos 35 anos, fazem qualquer coisa para ter um corpo perfeito (narcisismo imperando) acreditando que assim não ocorrerá os vazios emocionais, "o outro me amara tanto, idolatrará meu corpo, não me deixará, suprirá todas as minhas necessidades", "espelho, espelho meu, diga se há alguém mais belo(a) do que eu?". Ledo engano, o vazio emocional ocorrerá e muito em breve procurará outro que funcionará apenas como objeto de descarga da libido. Claro que não podemos negar a necessidade fisiológica , mas também temos que pensar que deixamos de ser “ bichos “, e há muito tempo evoluímos. Ou não?.
O fato é que temos a capacidade de usar o pensar, e com isso "pensar os pensamentos" como disse Bion ao desenvolver sua teoria sobre o pensar. O homem é capaz de buscar as realizações de seus “ideais prováveis”. Então vem a pergunta: O que o homem quer hoje de sua sexualidade? O que busca o ser humano de fato ao fazer uso de sua sexualidade? A vaidade em dose certa é necessária, uma maneira de mostrar a si mesmo que se gosta, que se curte, mas quando exagerada sabemos que pode ser patológica. 
Assistimos todos os dias meninas fazendo uso de sua sexualidade e capacidade de dar vida, engravidando pelos mais diversos motivos, como exemplo sair mais rápido de sua família de origem, garantir seu futuro financeiro, conquistar status (ter filhos com atores, atrizes, modelos, jogadores de futebol, grandes executivos, etc. Um dos maiores motivos (delirante) é ter uma ligação ”eterna” com o escolhido. Outro é sua sobrevivência em lugares onde não há emprego, recursos culturais, familiares, sociais, e também para ganhar um bom dinheiro de forma rápida em grandes centros. 
Se sexo é troca de energia, é alegria, é estimulante, faz bem a cabeça, a banalização é o outro extremo de como muitos lidam com sua sexualidade, se vangloriando do número de pessoas que conquistam, trocam de parceiros como quem troca de roupa, sem nenhum vinculo, nenhum afeto. Isso preenche?. Se preenche, preenche o que?. O masculino, mais que o feminino ainda tem maior capacidade de não se envolver emocionalmente, porque através de milhares e milhares de anos foi aprendendo a vestir sua armadura emocional e cultural, mas vindo de mulheres, de úteros, será que ficam bem contabilizando sexo em números?. Por mais que vistam suas armaduras, ainda caem nas garras daquelas que se fazem de coitadinhas, de frágeis, inseguras (AS FAMOSAS HISTÉRICAS). A mulher sabe usar dos artifícios mais cruéis para conseguir o que deseja. Armadura criada também culturalmente de proteção.

Sexo sem afeto leva ao auto-abandono, a solidão.

Se sexo é uma fonte de energia e vida, quando mal usado pode ser fonte de destruição e de sofrimento.

As mulheres com o intuído de copiar a liberdade e libertinagem masculina estão vivendo este processo na sociedade contemporânea, ou seja, o sofrimento e a solidão. Será que é possível usar o pensar e os pensamentos?, será que é possível dar um alerta a esta realidade atual?, realidade para todos os seres humanos?. Será que é possível mostrar o quanto estamos trocando a energia sexual construtiva, de vida, por trabalho, dinheiro e status?.

Não há “ato, relacionamento sexual, envolvimento, se não houver a capacidade de sedução.

Vou usar como exemplo de sedução a Diana deste blog. Para isso usarei seu penúltimo conto. Diana se tornou uma maestrina sedutora depois que descobre suas necessidades. Ela sabe seduzir, ela seduz e o homem se deixa ser seduzido por ela. Não temos ainda nenhuma descrição de sua aparência, de suas realizações, sabemos que socialmente se comporta como uma mulher comum, mas faz uso talvez dos gestos implícitos, da voz, do olhar para seduzir e assim suprir uma de suas necessidades, mas não haveria sexo com o pai de Luciano, se seu olhar não o tivesse seduzido, ao vê-lo não se vitimiza, não grita, não se desculpa, apenas se entrega. Apesar da necessidade que tem de sexo, acredito que com o intuito de suprir seus vazios, a perversidade de Diana é bem compreendida. Faz imaginar uma “diva” e não uma promíscua.

DIANA É O “UP” DESTE BLOG !

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